Tuesday, December 29, 2009

De volta a NY

Está tanto frio que hoje saí de casa e deixei de sentir a cara.

Sunday, December 13, 2009

Anúncio

Vou estar nos Açores de 18 a 27 de Dezembro.

Tuesday, November 24, 2009

Aceitam-se apostas II

E a resposta certa era, pasmem-se, 513 dólares e 58 cêntimos. Eu estava a apontar para qualquer coisa a rondar os 200, mas o meu palpite foi mais do que duplicado pela realidade. Para isso, muito contribuíu o facto da maioria das moedas (1635, para ser mais concreto) serem de 25 cêntimos. Foi uma surpresa agradável, sem dúvida, e uma boa quantia para juntar ao nosso fundo de férias. Tenho de começar a ver o que se compra com 513,58 dólares nos Barbados.

P.S.: triste, agora, é olhar para o garrafão vazio e saber que tenho de esperar mais dois anos e meio para o ver cheio outra vez

Saturday, November 21, 2009

Aceitam-se apostas

Durante dois anos e meio, eu e a Jennifer colocámos neste garrafão todo o troco em moedas que fomos recebendo:

Agora, o garrafão está finalmente cheio e chegou a hora de ir trocar isto por notas. Quanto é que acham que aqui está? Não se esqueçam de que, como eu já disse num post anterior, as moedas nos Estados Unidos são todas de valor inferior a um dólar. Neste garrafão estão, pois, moedas de 1, 5, 10 e 25 cêntimos. Aceito apostas!

Sunday, November 15, 2009

Gula

Ontem fomos ao Harlem jantar ao Dinosaur Bar-B-Que, uma das instituições culinárias da cidade no que diz respeito a churrasco. Pedimos uma entrada de asas de galinha, seguida de um Big Ass Pork Plate para a Jennifer e uma Tres Hombre Sampler para mim, um combinado de entrecosto de porco, pulled pork e Texas beef brisket, acompanhado de coleslaw e mac-n-cheese. Apesar de termos esperado uma hora e meia por uma mesa, valeu bem a pena: foi comer até não poder mais (e ainda trouxemos comida para casa).

Saturday, October 31, 2009

É isso mesmo, Bertrand

Apesar de não ter directamente a ver com o facto de eu estar a viver em Nova Iorque, não posso deixar de colocar aqui esta esclarecida citação do Bertand Russel que vou passar a utilizar para justificar a tendência para a indecisão que me é tão característica: «Um dos paradoxos dolorosos do nosso tempo reside no facto de serem os estúpidos os que têm a certeza, enquanto os que possuem imaginação e inteligência se debatem em dúvidas e indecisões».

Thursday, October 22, 2009

Uma breve incursão pelo mundo da moda

Há algumas semanas atrás conheci aqui um fotógrafo de moda e ofereci-me para o assistir durante um dia. Fotografia de moda está longe de ser uma das minhas paixões, mas achei que seria uma boa oportunidade para aprender mais alguma coisa sobre iluminação e técnicas de estúdio.

Ontem, finalmente, a coisa concretizou-se e estive a ajudá-lo numa sessão fotográfica para uma revista. Aprendi, de facto, bastante e, apesar de ter confirmado que não é aquele o tipo de fotografia que mais me interessa, foi uma experiência enriquecedora. O fotógrafo (cujo portfolio pode ser visto aqui) respondeu a todas as minhas perguntas com uma paciência impressionante e explicou-me os ins e outs do mercado.

Interessante também foi o facto da modelo ser brasileira e eu ter passado grande parte do dia a falar português com ela. Deu-me bons conselhos para locais de férias no Brasil, a miúda.

Saturday, October 10, 2009

Novo desafio

Depois de pensar bem no assunto, decidi não me me inscrever em nenhuma aula neste semestre e, pelo contrário, apostar num estágio numa empresa. A minha racionalização é que posso não receber nada por trabalhar para outros, mas, pelo menos, não tenho de pagar. Isto de cursos de cinema em Nova Iorque é muito bonito mas custa caro e, para além disso, por aquilo que tenho visto, experiência profissional é muito mais importante do que formação académica aqui nos Estados Unidos (não será assim, aliás, em toda a parte do mundo?).

Sendo assim, enviei uns currículos para algumas empresas e fui a algumas entrevistas. Recusei a maioria das propostas que me foram feitas porque, na verdade, o que queriam era alguém para servir cafés e tirar fotocópias, mas acabei por aceitar um estágio num pequeno estúdio de produção e pós-produção de vídeo. Gostei do ambiente que lá se vive mas, acima de tudo, acho que posso aprender muito com as pessoas que lá trabalham: realizadores independentes com filmes seleccionados para alguns dos maiores festivais de cinema do mundo, entre os quais o Sundance.

Para mim, que, na realidade, nunca tive um patrão, isto é também uma experiência profissional diferente. Não há-de ser assim tão complicado, julgo eu, até porque sou lá vou um dia por semana, mas a ver vamos como isto vai correr.

Saturday, September 26, 2009

Ao pedal sobre o Hudson

No outro dia, atravessei a Ponte de Brooklyn de bicicleta. Apesar de já estar aqui em Nova Iorque há quase três anos, e da magia e deslumbramento iniciais já terem, naturalmente, desaparecido, esta foi uma daquelas experiências que, embora simples, me fazem sentir de novo um pouco do encanto desta cidade.

Wednesday, September 9, 2009

As Aventuras da Renata

Para quem acha que não é possível fazer animação de qualidade aí em Portugal, aqui está a prova de que estão enganados. Escrita pela Criâneo e animada pela Unit Collective, «As Aventuras da Renata» é uma série original produzida para a REN, a companhia responsável pela distribuição de energia eléctrica no território português, e, no fundo, é uma mistura de publicidade institucional e entretenimento. Esta série de episódios de um minuto passa aos fins-de-semana na RTP, algures por volta do meio-dia, se não me engano, e tem tem como objectivo sensibilizar os mais novos para temas relacionados com a protecção do meio ambiente e o transporte de energia.

Aqui está um dos episódios:

Tuesday, September 1, 2009

End of summer

The days are definitely getting cooler and pretty soon the leaves will start falling. It's the end of summer, no matter how much I might try to deny it. Even though we had a great time in Costa Rica, I can't help but be a little sad that I didn't spend the summer on the island. Nuno always likes to see new places, but Sao Miguel is one of my favorite places in the world. I have a list of things that I love to do there; go to the beach, eat ice cream, play eleven with a few good friends ;-) , go to Campo de Sao Francisco to drink caipirinhas and watch the gandins, eat lapas and morcella and octopus stew, drive to Villa Franca when Nuno lets me, and spend time with my long-distance family.
Now, I will be counting the days until next summer when we can come back. The only thing I'm not looking forward to is that next summer I am going to have braces. :-( I hope it doesn't stop me from eating all the food I love.
See you next summer!

Sunday, August 30, 2009

Considerações sobre estar longe

Normalmente, não me deixo perturbar por estar a viver longe dos meus amigos. Aprendi a estar habituado a isso. Contudo, há alguns momentos em que essa circunstância se faz sentir com todo seu peso. Este fim de semana foi um desses momentos. Por vários motivos, não pude estar presente no casamento de duas pessoas quem gosto muito, e isso deixou-me triste.

Celebrei como pude, mas não foi a mesma coisa.

Que vivam felizes para sempre, Felipa e Henrique!

Friday, August 28, 2009

Porque gosto de documentários?

Há alguns meses atrás, expliquei aqui porque decidi voluntariar algum do meu tempo à Link TV, uma estação de televisão não-comercial e não-lucrativa, cujo objectivo é expor o público americano a diferentes culturas e a outras visões do mundo. A minha colaboração com o canal mudou um pouco entretanto (apesar de continuar a visionar e criticar documentários, agora vou lá buscar os DVD's e faço esse trabalho em casa), mas, recentemente, pediram-me para escrever um texto para colocar no site deles. É em inglês e um pouco longo, mas, quem tiver paciência para dar uma espreitadela, clique aqui.

Saturday, August 22, 2009

Costa Rica - Fotos

Finalmente, tive algum tempo para fazer upload de algumas das nossa fotografias da Costa Rica. É favor fazer duplo clique na imagem abaixo para aceder ao álbum. Depois, é só carregar nas setinhas para o lado.


Wednesday, August 12, 2009

Na Costa Rica V

Apesar de ainda estar na Costa Rica, ja nao vejo este ultimo dia como ferias. Estamos em Alajuela, a cidade mais proxima do aeroporto e, basicamente, viemos aqui fazer tempo para apanharmos amanha o aviao de regresso a NY.

Desde o meu ultimo post ate hoje, estivemos em Manuel Antonio, uma area de beleza estonteante com a grande vantagem de aliar floresta a praia. Quer isso dizer que, dois passos para um lado podemos estirar a toalha em praias deslumbrantes (estou com um bronze tal que a Jennifer ate me chama de Barack Obama), dois passos para o outro lado estamos no meio de vegetacao luxuriante rodeados de macacos, preguicas e outros animais mais ou menos exoticos.

Dadas as caracteristicas deste local, muitos gente o visita e isso significa mais pessoas por metro quadrado na praia e nos trilhos do Parque Nacional. Implica tambem precos mais elevados em tudo, para explorar o turista. Na verdade, o nosso hotel em Manuel Antonio foi tres vezes mais caro do que qualquer um dos outros onde ficamos hospedados. Mas valeu bem a pena e, apesar de nao ser pessoa de luxos, soube muito bem passar estes dias num hotel de qualidade superior. Quando voltar, mostro fotos da vista e do por do sol que tinhamos da nossa varanda.

Thursday, August 6, 2009

Na Costa Rica IV

A ida de Monteverde para Montezuma (que, por sinal, decidimos fazer um dia mais cedo do que o previsto) foi atribulada. Depois de uma viagem de tres horas num autocarro por estradas com precipício dos dois lados, apanhámos um barco para fazer a travessia do Golfo de Nicoya. Do outro lado, outro autocarro estava à espera do barco para levar os passageiros para Montezuma, mas, como é lógico, nao cabia toda a gente. Ou, pelo menos, era isso que eu pensava, já que o condutor conseguiu meter toda a gente lá dentro. O problema foi que, mesmo à saída, o autocarro chocou contra uma carrinha e disseram-nos que tínhamos todos de mudar para um autocarro ainda mais pequeno. Em vez disso, contudo, eu a Jennifer acabámos por dividir um táxi com duas holandesas para cumprir a última etapa da viagem.

Aqui também chove, mas nao tanto como em Monteverde. Hoje de manha até fomos à praia e tudo. Montezuma é uma vilazita minúscula, com um certo encanto, mas um pouco hippie de mais para o meu gosto pessoal. O nosso hotel aqui também nao é o melhor mas, pelo menos, é barato. O que e curioso é que em Monteverde, na floresta tropical virgem, nao vimos praticamente animais nenhuns e aqui, do alpendre do nosso quarto, vemos macacos atrás de macacos. Há quem pague para ir em expedicoes, mas, a nós, basta olhar lá para fora.

Tuesday, August 4, 2009

Na Costa Rica III (NOTA: vou deixar de dizer que estes posts nao tem acentos)

Sao quase nove horas da manha. Esta a chover a potes - o que nao e de admirar ja que estamos em plena floresta tropical de Monteverde. A Jennifer foi fazer zipline e eu fiquei pelo hotel porque isso de deslizar por cordas a nao sei quantos metros de altura nao e para mim. Daqui a pouco, vou encontrar-me com ela para irmos visitar umas pontes suspensas sobre a floresta (no que diz respeito a actividades longe do chao, isto e o mais radical que consigo fazer).

Saturday, August 1, 2009

Na Costa Rica II (NOTA: post novamente sem acentos nem cedilhas)

Que bom e quando temos supresas destas: a entrada nas termas afinal valia por dois dias! Sendo assim, e depois de ontem termos la passado o dia todo, hoje repetimos a dose. Aquilo e dos locais mais fantasticos onde ja tive oportunidade de por os pes. Dezenas de pequenas piscinas termais, umas isoladas entre arvores no meio da floresta, outras com vistas incriveis para o vulcao, outras com bares onde se pode beber uma pina colada sentado dentro de agua a 100 graus centigrados. No fundo, e uma especie de piscina das Furnas, mas melhor.

Amanha, vamos sair daqui de La Fortuna para irmos para Monteverde - a maior reserva biologica da Costa Rica. Para la chegarmos, temos de atravessar o Lago Arenal e, se o tempo estiver bom, isto e o que poderemos ver:
(por equanto tenho de utilizar fotos de terceiros, ja que nao consigo tirar as minhas da camara enquanto aqui estiver)

Friday, July 31, 2009

Na Costa Rica (NOTA: post sem acentos nem cedilhas)

Estamos em La Fortuna, na base do vulcao Arenal. A cidade em si nao tem nada de especial, mas a vista do quarto do meu hotel e mais ou menos esta:
Fenomenal! Hoje vamos a estas termas:
Duplamente fenomenal!

Tuesday, July 28, 2009

Costa Rica

Nas próximas duas semanas vou andar por aqui:
Mais concretamente pelo Vulcão Arenal, pela Reserva Biológica de Monteverde, por Montezuma e por Manuel António. Se tiver acesso à net, conto ir dizendo como estão as correr as coisas; caso contrário, até daqui a 15 dias!

Sunday, July 26, 2009

«Nobody Tips Writers» - o filme

Finalmente coloquei online o filme que fiz no meu curso de cinema. É uma curta não-síncrona (o que significa que todo o som foi gravado à parte e inserido em pós-produção), filmada em película de 16 mm com uma câmara destas:

Eu sei que isto parece uma relíquia, mas a verdade é que esta câmara é bastante utilizada em cursos introdutórios de cinema porque, como funciona de modo completamente manual, obriga a perceber o que se está a fazer porque, caso contrário, o resultado são imagens inutilizáveis.

Em relação ao filme propriamente dito, trata-se, acima de tudo, de um exercício de pós-produção. Percebi cedo no curso que, dado o material que foi posto ao nosso dispôr, não ia ter possibilidade de fazer uma coisa muito elaborada em termos de filmagens e, por isso, decidi simplificar essa parte do processo, criando uma história que me permitisse apostar noutras componentes, nomeadamente na edição. A maioria dos meus colegas não teve isso em consideração e quis fazer coisas demasiado ambiciosas, sendo que, com uma ou duas excepções, acabaram por apresentar peças sem sentido absolutamente nenhum.

Seja como for, o meu professor ficou bastante impressionado com o que eu fiz e perguntou-me até se podia mostrar o meu filme às próximas turmas como exemplo do que é possível criar dentro das limitações do curso, o que significa que não deve ser fácil fazer muito melhor naquelas circunstâncias.

Uma última nota: quero aqui deixar um agradecimento sentido à Jennifer que forneceu as mãos e a voz que vão e ouvir no filme e que, com muita paciência, aceitou ser a actriz principal (e única) deste projecto.

E agora, sem mais demoras, cá está o filme:

Nobody Tips Writers from Nuno Vieira Faustino on Vimeo.

Monday, July 20, 2009

Pimenta na Língua

Tenho-me esquecido de dizer que eu, o Bruno e o Dionísio temos um novo momento no programa da TV2 «5 Para a Meia Noite». Acedemos ao convite que o Luís Filipe Borges nos endereçou e, portanto, todas as sextas-feiras, lá estamos nós com uma pequena peça, desta feita sob o nome «Pimenta na Língua». A ver na TV2 ou no site do programa.

Tuesday, July 14, 2009

De volta a NY

O que posso dizer sobre estes dias na Carolina do Norte é que curti muito mais do que estava à espera. Férias em família não são o meu forte e, por isso, estava a contar com seis dias difíceis, ainda mais quando descobri que, para além dos pais e dos irmãos da Jennifer, iam estar na mesma casa uma data de tias, primos, amigos e mais não sei quem. Contudo, e com a ajuda de uma potente auto-consciencialização prévia e, claro, à custa de um suave estado de embriaguez que tentei manter durante todo o tempo que lá estive, a coisa correu muito bem.

Saturday, July 4, 2009

Nova Iorque - Carolina do Norte

Estou de viagem:


Nesta escala até parece perto, mas são mais de 10 horas de carro.

Thursday, July 2, 2009

Saturday, June 27, 2009

Dia de praia (com emoções inesperadas)

Hoje fomos à praia pela primeira em NY. Depois de uma pesquisa na net em que descobri, para grande espanto meu, que é preciso pagar para ter acesso à maioria das praias aqui à volta (nalguns casos 10 dólares por pessoa só para entrar, mais outros 10 ou 20 para estacionamento!), encontrei uma praia de acesso livre na qual apenas é preciso pagar 8 dólares para parar o carro (o que, na verdade, até é barato). Essa praia, a Jones Beach, fica em Long Island, a cerca de uma hora e um quarto da minha casa. Para que tenham uma referência do que estou a falar, aqui fica uma pequena orientação geográfica:

LEGENDA: O ponto A é a minha casa. Manhattan é aquela pequena península estreita à esquerda, entre as duas margens do rio. Para a direita, é Long Island. O ponto B representa a praia onde fomos e, já agora, continuando sempre para a direita, até à ponta Este de Long Island, chega-se aos famosos Hamptons, o local onde as famílias ricas de Manhattan têm as suas casas de férias.

Eu não sabia bem o que esperar, mas, mesmo assim, fosse o que fosse que eu não estava à espera, fiquei agradavelmente surpreendido. A praia é enorme, limpa, bonita, de fácil de acesso e não estava a abarrotar de gente. Olhando à volta, por momentos até me foi difícil acreditar que estava tão perto de Nova Iorque.

O sol brilhava com suficiente vigor e uma brisa ligeira mantia a temperatura a níveis aprazíveis. Estava, pois, a ser uma tarde bem passada. Até que, não muito longe no horizonte, comecei a ver umas nuvens carregadas. Depois, em menos de nada, um relâmpago. E outro. E outro.

Foi um espectáculo impressionante. Relâmpagos a rasgar o céu com uma nitidez como acho que nunca tinha visto. Os nadadores salvadores apressaram-se logo a tirar toda a gente da água e começaram o percorrer o areal montados em 4x4, quais Mitch Buchannons numa versão nova-iorquina do Baywatch, anunciando por megafone que a praia ia fechar e que toda tinha de ir para casa. A mim, pareceu-me um bocado de exagero, mas não ia discutir. Ninguém discute com o Mitch Buchannon.

Contudo, antes de agarrar nas minhas coisinhas para me ir embora, ainda tive tempo de sacar uma chapa (não se vê os relâmpagos, é óbvio, porque, para isso, era preciso uma sorte dos diabos ou então ter um tripé e filtros para fazer uma exposição longa, mas, mesmo sem relâmpagos, acho que dá para ter uma ideia do que aconteceu):

Tuesday, June 23, 2009

Mestre Jennifer

A Jennifer completou a pós-graduação e, para mim, estes dois anos em que assisti de perto ao quanto ela se esforçou para cumprir o currículo do mestrado e passar em todos os exames de que necessitava para obter a licença de professora certificada, ao mesmo tempo que punha 120% da sua energia, criatividade e motivação ao serviço dos seus alunos, foram uma lição de dedicação e capacidade de trabalho que me forçou a diminuir os níveis da minha própria inércia.

Tuesday, June 9, 2009

Para não dizerem que não gosto do meu país

Coisas como esta fazem-me ter saudades de Portugal.

Tuesday, June 2, 2009

Excelente maneira de desperdiçar uma tarde de domingo

Domingo passado, e na continuação no post anterior, fui tirar o tal curso de condução defensiva. Tal como suspeitava, foram das cinco horas mais aborrecidas da minha vida. O que aprendi? Nada que já não soubesse. Que o cinto de segurança salva vidas? Grande novidade... Que não se deve beber e conduzir? Jura... Que se deve conduzir mais devagar quando está mau tempo? Não me digas... Foi tudo à volta de cenas deste género. Assuntos importantes, sem dúvida, mas quem pensava conduzir com os copos vai continuar a fazê-lo. Não é por ver uns vídeos produzidos nos anos 80 e ouvir um instructor que fala de modo extremamente mecânico porque dà o mesmo curso todos os dias há não sei quantos anos que vai mudar de opinião.

Thursday, May 28, 2009

A minha driver license

Passei no código. Eu, por mim, tinha feito o exame de condução logo de seguida para despachar, mas não pode ser. Antes disso, tenho de tirar uma seca de um curso de cinco horas sobre condução defensiva. Eu estava para lhes dizer que não era preciso porque já capotei um carro por uma ribanceira abaixo e isso ensinou-me a ter cuidado, mas achei melhor não. Achei melhor começar aqui com uma folha de acidentes limpa.

Wednesday, May 27, 2009

Update médico

Depois de algumas sessões de fisioterapia, ontem corri uma milha e o joelho não me doeu. Isto afinal está a ir ao lugar, parece-me.

Saturday, May 23, 2009

Como é que é possível não gostar da NBA?

Segundo jogo dos playoffs da meia final da NBA. Orlando Magic contra Cleveland Cavaliers. Os Cavaliers estiveram à frente o jogo todo, mas, depois de uma recuperação extraordinária, os Magic conseguem empatar com apenas treze segundos para jogar. Se conseguirem manter a posse da bola e fazer um cesto a dois ou três segundos do fim, é quase garantido que ganham o jogo. Hedo Turkoglu, um dos jogadores do Magic, recebe a bola, olha para o relógio e espera, espera, espera... A dois segundos do fim, avança e marca um cesto incrível. É a festa do lado dos Magic. Estão a ganhar por dois pontos de diferença e falta um segundo para acabar o jogo. É impossível os Cavaliers virarem o resultado. O problema é que se esqueceram que, do outro lado, estava LeBron James, o melhor jogador de basquetebol da actualidade e aquele que muitos dizem que pode vir a ser melhor que o Michael Jordan. E o que é ele faz com apenas um segundo para jogar? Faz isto:



É este tipo de coisas que faz a diferença entre os bons e os fora de série.

Friday, May 22, 2009

A verdade é que soube bem

Pela primeira vez desde que cá estou, encontrei um produto português no supermercado. Foi isto:
É claro que comprei, mas tive pena de não terem de ananás. Não há nada melhor do que Sumol de Ananás.

Sunday, May 10, 2009

Finalmente, as fotos

Para contrapor um pouco às notícias sobre doenças e tráfico de droga que de lá têm chegado nos últimos tempos, aqui estão finalmente algumas fotos dos estupendos dias de férias que passei no México.

Isto foi nas ruínas de Tulum:
Isto é uma pequena praia algures:
Isto são outras ruínas, as de Coba:
Mais tarde nesse dia subi isto:
Quando cheguei lá cima, lembrei-me que tenho vertigens, mas ainda consegui tirar uma foto:
Isto foi na praia em Playa del Carmen, já ao final da tarde:
Estava na hora da cerveja e, portanto, isto sou à procura da carteira:
Isto é a Jennifer à espera que eu traga cerveja:
Isto somos nós na praia, provavelmente a dizer "Isto é que é vida":
O nosso ritual de fim de tarde no terraço do hotel:
Mas não passámos o tempo todo a beber cerveja; também bebemos margueritas:

Sunday, May 3, 2009

Por enquanto, não me vão ver com máscaras no metro

Apesar da avalanche de notícias que nos fazem acreditar que a humanidade vai ser dizimada numa ou duas semanas pelo H1N1, a verdade é que o último relatório da Organização Mundial de Saúde indica que o total de mortes confirmadas atribuíveis a este vírus em todo o mundo é de 19. Nos Estados Unidos, apenas se registou um caso fatal. Por outro lado, as estatísticas mostram que todos os anos morrem aqui 35.000 pessoas de gripe normal, o que dá 100 pessoas por dia. Quer dizer, enquanto está tudo em pânico com esta gripe suína, estão a morrer 100 pessoas todos os dias de gripe normal, e eu não vejo ninguém a fechar-se em casa a sete chaves e a usar máscaras na rua por causa disso.

É claro que, como isto é um vírus novo, é importante que a sua propagação seja acompanhada porque ainda não se sabe bem do que ele é capaz, mas dá-me a impressão de que este pânico generalizado é mais alimentado pela comunicação social do que justificado. Pode ser que esteja enganado e que apanhe gripe suína amanhã só para não andar para aqui a dizer bacoradas, mas, por enquanto, tenho mais medo que me caia um ar condicionado na cabeça do que ser infectado pelo vírus.

Wednesday, April 29, 2009

Se dói, é porque há um problema

E pronto: pelos vistos, os meus dias de corrida acabaram. O meu joelho já me andava a doer há meses, mas, estúpido como sou, em vez de parar por uns tempos, decidi forçar ainda mais e começar a correr 10 km de cada vez. Nas últimas semanas, contudo, a dor estava a durar mais dias a passar e mal conseguia descer escadas. Hoje, finalmente, fui ao médico. Diagnóstico: provável micro-ruptura do menisco. Vou ver um especialista para confirmar, mas correr, para já, esquece.

Por outro lado, a minha tensão arterial está, e passo a citar, «perfeita».

Sunday, April 26, 2009

Melhor sequência de imagens sobre Nova Iorque

Ao vasculhar a página do Alexandre no Vimeo (página essa que, caso ainda não tenham tido oportunidade de visitar, podem fazê-lo agora mesmo clicando aqui) reparei que um dos vídeos que ele tem nos favoritos é uma das mais extraordinárias sequências de imagens sobre Nova Iorque que eu alguma vi. Para além do vídeo ser fabuloso, a música que o acompanha é uma das minhas favoritas de todos os tempos: «Numb», do U2. Ponham os olhos nisto, por favor (e não se deixem impressionar pelo thumbnail porque não tem nada a ver com o resto do vídeo).


New York 2008 from Vicente Sahuc on Vimeo.

Thursday, April 16, 2009

Em repeat no iPod

«Zero» dos Yeah Yeah Yeahs: do outro mundo.

Tuesday, April 14, 2009

Boas e más notícias para a minha saúde

As boas é que deixei de ser viciado em Coca-Cola. As más é que agora sou viciado nisto:


Sunday, April 12, 2009

Sonhem enquanto podem, porque quando estiverem a virar hambúrgueres num McDonald's vai ser mais complicado

Hoje fui ajudar uma colega minha de curso nas filmagens dela. O meu filme vai ser uma coisa muito simples, mais experimentalista, mas ela quis fazer uma grande produção com actores e tudo. De toda a gente que lá estava, eu era o mais velho para aí com uns dez anos de diferença. Aquilo andava tudo à volta dos vinte e poucos e isso, por acaso, é algo que me tem acontecido bastante nos últimos tempos porque o resto do pessoal da minha turma também é muito mais novo do que eu. Não é coisa que me chateie muito. Aliás, não me chateia nada. É até refrescante estar rodeado por gente que ainda sonha em ser o novo Spielberg ou que acha que o seu filme vai ser seleccionado para o próximo Festival de Cannes. Refrescante, sim, mas quer dizer... se todos os alunos de todas as escolas de cinema conseguissem ter sucesso nesta indústria, não havia Hollywoods sufientes para tanto realizador. A maioria, infelizmente, quer seja por não trazer nada de novo, por trazer demasiado de novo, ou, mais importante ainda, por não ter a sorte de conhecer as pessoas certas, não tem hipóteses nenhumas. Se de todos estes jovens e inocentes sonhadores que tenho vindo a conhecer um ou dois conseguir chegar a algum lado a realizar filmes já é muito bom. Mas não vou ser eu a deitar por terra os sonhos de ninguém, como é lógico. Nem pensar. Deixa sonhar, até porque nunca se sabe quais deles é que vão ser esses um ou dois. Se calhar, até posso vir a ser eu.

Friday, April 10, 2009

Tenho a impressão que poucas, muito poucas

Estou a estudar para o exame de código porque tenho de tirar uma carta de condução americana. Aqui há regras de trânsito substancialmente diferentes do que em Portugal e, portanto, preciso mesmo de ler aquela porcaria toda, mas seria engraçado perceber quantas pessoas com carta há mais de 10 anos conseguiriam passar no código outra vez sem voltar a estudar.

Tuesday, March 31, 2009

Dicotomias da crise

Yupi! A minha renda aumentou 50 dólares! Que bela notícia... A economia está toda escafiada, o preço das casas está a descer mais depressa que as possibilidades de Portugal chegar ao Mundial da África do Sul, mas as rendas em Nova Iorque... ah, essas continuam a subir! Mais 600 dólares por ano. Porque não?

Entretanto, e por falar em economia, os juros da nossa conta a prazo aqui nos Estados Unidos que, por esta altura no ano passado, eram de 1,33%, agora baixaram para 0.02%. De 1,33% para 0,02%... Mais vale mesmo meter o dinheiro debaixo do colchão. A culpa? É da crise, pois claro. Hoje em dia, a culpa é sempre da crise.

Sunday, March 29, 2009

Um mês inteiro para recuperar a forma

Só hoje, mais de um mês depois de não ter ido ao ginásio durante uma semana quando estive de férias, é que consegui correr 5Km em menos de 28 minutos, como estava a fazer dantes (não é tempo olímpico, mas para quem tinha de ir à baliza depois de dar uma corrida num jogo de futebol porque não conseguia respirar, já não está nada mal).

Sunday, March 22, 2009

O que se tem passado

Não há desculpa absolutamente nenhuma para a forma desleixada com que tenho tratado este blogue nas últimas semanas. É uma vergonha total a inexistência de novos posts aqui colocados, tanto mais que não é por falta de coisas para dizer. Em jeito de resumo, aqui ficam então as ocorrências mais importantes desde que vim de férias:

- O Alexandre e a Paula estiveram cá em casa. Foi excelente tê-los aqui e, apesar da minha disponibilidade não ser total para andar com eles de um lado para o outro, ainda fizemos umas jantaradas valentes, das quais destaco a celebração dos anos do Alexandre no Brick Cafe. É sempre bom rever amigos e recebê-los em nossa casa, mesmo que essa casa seja um minúsculo apartamento em Queens. Mas deu para todos. Quando os hóspedes são da qualidade desses dois, tudo se arranja sem stresses. Abraços para ambos!

- Em termos profissionais, este tem sido um período de alguma turbulência. Após três anos e tal no ar, se não me engano, o «Memória de Elefante» chegou ao fim e isso obrigou a uma reestruturação da empresa, já que esse programa tinha um grande peso na nossa organização interna. Contudo, e após algumas decisões difíceis que tivemos de tomar, as coisas estão controladas e eu continuo a achar que este ano de 2009 vai trazer-nos muitos e bons projectos.

- O meu curso de cinema está a correr bastante bem. Gosto do meu professor e dos meus colegas (apesar de haver um que cheira mal dos sovacos), e este fim-de-semana estive a fazer as minhas primeiras filmagens. Não faço a menor ideia do que vai sair dali, mas o prazer de filmar em película é algo difícil de explicar, mesmo quando se trata apenas de sacar planos aleatórios de um jardim, como foi o caso. Mais daqui a umas semanas vou ter de filmar uma coisa mais elaborada e já tenho algumas ideias para o que quero fazer. O problema é que, nesse projecto final, a escola não paga o filme e a revelação. Temos de ser nós a desembolsar essas despesas e aquela merda é cara à brava. Vai ter de ser um filmezinho bem curtinho, portanto.

Sunday, March 1, 2009

Tirando a aventura no aeroporto que fui relatando aqui mais ou menos em tempo real

Os dias de férias no México foram fenomenais. Aconselho vivavemente o destino a todos os que queiram apanhar sol, mas que ambicionem mais do que passar dias a esturricar numa praia. Há muito para fazer e ver na Península do Iucatão, tanto que, na verdade, seis dias foram poucos. Deixámos algumas coisas de fora, nomeadamente a visita quase obrigatória a Chichén Itzá. Houve que fazer opções, e, como esse importante local arqueológico ainda fica a três horas de distância, preferimos não gastar, entre idas e vindas, seis horas de um valioso dia. Visitámos, contudo, as ruínas de Tulum e de Cobá e, se as primeiras não me impressionaram por aí além, já as segundas são um local mágico. Primeiro, porque, para lá chegar, é preciso passar por uma estrada que atravessa uma verdadeira vila maia, e, segundo, porque as ruínas propriamente ditas ficam literalmente no meio da selva, o que transmite àquilo tudo uma atmosfera muito genuína. Se não fosse pelas hordes de turistas, dir-se-ia que era possível recuar na história e sentir o que sentiam os habitantes daquela localidade 600 ou 700 anos a.C. (foi aí que subi à pirâmide de Nohoch Mul armado em Indiana Jones e depois me vi à rasca para descer porque me lembrei que tinha vertigens).

Outra experiência inesquecível foi o snorkeling numa espécie de lagoa subterrânea, a que os mexicanos chamam de cenote. Há inúmeros cenotes por ali, e nadar por meio de cavernas cheias de água e rios subterrâneos, apreciando as formações geológicas que se foram criando ao longo dos séculos por cima e por baixo de água é algo praticamente indescritível. A Jennifer ia-se borrando de medo porque não se sente muito confortável na água, muito menos ao escuro, mas, no dia seguinte, para compensar, aceitei ir com ela fazer parasailing. Nessa ocasião, fui eu que me ia borrando todo. Ela estava na boa, ali toda relaxada no páraquedas, a não sei quantos metros de altura, olhando para baixo, acenando para o pessoal do barco que nos estava a puxar; eu, por mim, estava retesado, sem abrir a boca. Agarrei-me com tanta força aos cabos que até fiquei com dores nas mãos. Jurei para nunca mais.

A cidade que escolhemos para o nosso centro de operações, Playa del Carmen, tem duas faces: por um lado é um local demasiado turístico, por outro, é suficientemente grande para se poder explorar as secções não turísticas e entrar um pouco mais no México real. A 5ª Avenida, por exemplo, polvilhada de restaurantes, bares e lojas é como um parque de diversões feito a pensar nos turistas - uma espécie de Mexicolândia, onde um taco que deveria custar 9 ou 10 pesos, custa 30 ou 40. No entanto, se se andar uns quarteirões até à 30ª Avenida (não existem vinte e cinco avenidas pelo meio: na Playa del Carmen, os números das avenidas vão de cinco em cinco), é possível encontrar restaurantes pitorescos, frequentados por uma mistura de locais e alguns turistas, onde se pode provar comida verdadeiramente mexicana a preços muito acessíveis (aconselho o Los Amigos - as melhores Margaritas que alguma vez bebi).

O tempo esteve sempre fantástico, à excepção de um dia que esteve meio encoberto, mas há uma coisa que nenhuma agência de viagens vos vai dizer e que tem alguma relevância quando se vai de férias nesta altura do ano a estas latitudes: o Sol põe-se por volta das 5:30. Não é como no Verão que se pode estar até às 8 ou 9 da noite a trabalhar para o bronze. Na nossa praia, esse era um factor ainda mais impactante porque, como ela ficava virada para Este, a partir das 4:30 já o Sol estava atrás das palmeiras e a maior parte da praia ficava à sombra. O que fazer? Ir para um bar à beira-mar beber Coronas, pois claro. Esse era o nosso ritual ritual diário: beber Coronas na praia e, depois, continuar a beber Coronas no bar do terraço do nosso hotel a ver o pôr-do-sol.

Ah, como foi bom... Acho que foi das melhores semanas de férias que já tive. Conto pôr aqui umas fotos em breve - nada de artístico, porque eu nem sequer levei a minha câmara; levámos só a pequenina da Jennifer.

Sunday, February 15, 2009

Banda sonora para esta semana

Estou de saída para o aeroporto. Dentro de algumas horas, e durante uma semana, espero só ouvir coisas destas:


Saturday, February 14, 2009

Já sei, já sei... Devo pôr o carro a trabalhar pelo menos uma vez por semana

Há coisa de três ou quatro semanas atrás, recebemos uma carta da nossa companhia de seguros a dizer que tínhamos de mudar o seguro do carro para Nova Iorque. Pusemos ambos as mãos à cabeça. E não foi tanto por aqui o seguro ser muito mais caro do que na Pensilvânia, embora isso tenha sido pouquíssimo agradável, como é evidente. O problema maior foi termos de imediato tomado consciência da burocracia que esse acto implicaria, nomeadamente sabermos que teríamos de transferir o registo do carro para o estado de Nova Iorque, mudar a matrícula para o estado de Nova Iorque, pedir uma nova carta de condução para a Jennifer emitida pelo estado de Nova Iorque e, pior do que isso tudo, levar o carro à inspecção no estado de Nova Iorque, onde as regras são bastante mais apertadas.

Felizmente, os três primeiros passos foram resolvidos num só dia e com surpreendente rapidez. O novo registo, a nova chapa de matrícula e a nova carta de condução foram pedidos no mesmo local e, pouco mais de uma hora depois, já tínhamos tudo em nosso poder. Da inspecção, íamos tratar hoje.

Mas então o que foi que aconteceu? Foi isto: rodo a chave na ignição e... nada. O carro estava morto. Parecia-me que era a bateria, mas eu não percebo nada de carros. A Jennifer liga para o AAA (que, ao contrário do que a sigla possa indicar, não é nenhuma associação de alcoólicos anónimos, mas sim uma espécie de ACP cá do sítio). Vinte minutos depois chega o reboque. O homem do reboque diz-nos que é o motor do arranque e quer levar o carro para a oficina dele. «Obrigadinho,» respondemos nós, «mas preferimos ir para o nosso mecânico, se faz favor». Eu posso não perceber nada de carros, mas percebo de mecânicos a quererem falcatruar-me. A contra-gosto, lá vai ele, não sem antes fazer uns comentários racistas sobre um condutor de táxi natural de um qualquer país árabe. Dá-me vontade de dizer que, se ele quer ser racista, que vá ser racista em casa ou com os seus outros amigos racistas, mas mantenho-me calado porque ele dava dois de mim, pelo menos.

Resumindo, é mesmo só a bateria.

Friday, February 13, 2009

Meteorologia que me interessa

Nova Iorque:
Playa del Carmen:Sexta-feira, pelos vistos, vai estar de chuva. Bom dia para ficar a beber Coronas num bar qualquer.

Friday, January 30, 2009

Arriba!

Não vai ser nem Havai, nem Bahamas: afinal vamos ao México. O Havai é um bocado longe de mais para aproveitarmos bem a viagem nos poucos dias que temos disponíveis agora em Fevereiro, e as Bahamas deixaram de me interessar quando comecei a investigar melhor o arquipélago. Sendo assim, e querendo nós um destino com praia para fugir às temperaturas negativas do Inverno aqui em NY, o México foi surgindo como uma possibilidade interessante.

Normalmente marco este tipo de férias em pacotes de viagem + hotel para não me chatear muito, mas, desta vez, decidi fazer a coisa à moda antiga e comprei tudo em separado. A maioria dos pacotes disponíveis só incluíam estadias em resorts, e eu não sou grande adepto de resorts porque me parece que ficar numa coisas dessas é mais ou menos o mesmo em qualquer parte do mundo (isto para não falar nas hordes de famílias e crianças a correr aos berros de um lado para o outro). Prefiro muito mais ficar num hotel mais pequeno, num local onde haja algum movimento e coisas para fazer, e partir daí para explorar as redondezas. É por isso que, horas e horas de buscas na internet depois, centenas de críticas e comentários a hotéis depois, reservámos um quarto no Hotel Cielo, na Playa del Carmen, que parece ser muito bom para o preço que pagámos (79 dólares por noite). Com o dinheiro poupado na estadia, alugámos um carro para os seis dias que vamos lá ficar o que, para além de nos dar a possibilidade de percorrermos a Riviera Maya de cima abaixo, acaba por ficar bem em conta porque vamos no nosso Ford Ka alugado do aeroporto de Cancún para a Playa del Carmen, em vez de termos de pagar por esse transporte que, no fundo, contas feitas a ida e regresso para duas pessoas, ficava quase ao mesmo preço do que o total do rent-a-car.

Ah... Mal posso esperar pelo dia 16 de Feveiro... Até lá, resta-me olhar para fotografias:

Wednesday, January 21, 2009

Se a Criâneo fosse americana

Ontem agarrei nas tabelas da Writers Guild of America, a associação que estabelece os pagamentos mínimos para qualquer trabalho de guionismo nos Estados Unidos, e comecei a fazer contas para tentar descobrir quanto teria a Criâneo facturado no ano passado se a empresa fosse americana.

Para este exercício de pura curiosidade masoquista, apenas contabilizei os nossos três projectos principais de 2008: o Disney Kids, o Memória de Elefante e o Edição Extra. Deixei de parte os outros trabalhos mais pequenos que fomos realizando ao longo do ano e nem sequer calculei o valor de tarefas como a presença em gravações ou a assistência em pós-produção, que aqui são pagas e que em Portugal nem pensar.

De qualquer modo, e mesmo sem contar com isso, teríamos facturado o seguinte: $451.000,00 dólares. Eu repito, desta vez por extenso: quatrocentos e cinquenta e um mil dólares.

Significa isto que, mesmo depois de pagar o ordenado à Rita, a guionista que trabalha connosco e que teria um substancial aumento, como é lógico, eu, o Bruno e Dionísio podíamos ficar a receber, vamos lá, dez mil dólares por mês que ainda nos restava dinheiro ao final do ano.

Escusado será dizer que a minha vida seria bem diferente.

Tuesday, January 20, 2009

Barack Obama

O que posso dizer é que esta é uma boa altura para estar a viver nos Estados Unidos. Sente-se no ar um entusiasmo generalizado e, apesar da crise, as pessoas andam pelas ruas com um sorriso aberto. Não sei quanto tempo isso vai durar, mas é como se os americanos estivessem a carregar no botão de reset para começarem de novo depois de um crash no Windows. Os últimos anos da história deste país foram muito maus, mas, agora, parecem ter tido uma razão de ser: eles prepararam o caminho para o que está a acontecer. O George W. Bush fez tanta merda que criou a inevitabilidade de uma mudança radical, e esse mérito não lhe pode ser negado.

Hoje, ao ver a tomada de posse do Barack Obama, tive a plena consciência de que estava a assistir a uma página da História a ser virada. Não sei o que vem a seguir, mas o acto de virar a página já é um bom sinal em si mesmo.

Saturday, January 17, 2009

Finally!

Well, I saw my first famous person in New York. He's not internationally famous, and maybe not even extremely famous here, but he is on TV every night and has his own show, so it counts in my book.

Sighting information:

Time: 3 p.m.
Location: Hole in the wall coffee shop Lexington Avenue
What he ordered: Spiced Chai Latte
What I said: Are you Keith Olbermann?
What he said: Yes, I am.

Monday, January 12, 2009

Efeméride pessoal

Hoje faz dois anos que cheguei a NY.

Thursday, January 1, 2009

Trinta e três passagens de ano depois

Depois de concluirmos que, juntando as minhas trinta e três passagens de ano às vinte e nove da Jennifer, apenas se aproveitavam umas quatro ou cinco, este ano decidimos ficar em casa. A isso ajudou também, não o nego, o facto de eu estar meio doente e de estarem 10 graus negativos lá fora, o que invalidou, à partida, uma passagem de ano na rua. Sendo assim, e em vez de gastarmos 150 ou 200 dólares por cabeça só para entrarmos numa discoteca (onde, muito possivelmente, como aconteceu no ano passado, mal nos conseguiríamos mexer tal a densidade populacional), preferimos poupar essa verba e divergi-la para o nosso fundo de férias. Costa Rica no Verão e Bahamas em Fevereiro eram os nossos planos, mas, ontem, começámos a considerar um upgrade e, em vez das Bahamas, passar uma semana no Havai. Não é muito mais caro e, quer dizer, é o Havai. O Havai!

Grande parte da nossa noite foi, pois, passada a pesquisar sites de viagens à procura de hotéis, viagens ou pacotes de férias e a ver fotos das várias ilhas do Havai para tentar perceber qual o melhor destino para nós. Nesta altura, a dúvida reside entre a Big Island e Maui, mas, verdade seja dita, qualquer uma delas serve.

Mais perto da meia-noite ligámos a televisão para ver como estava a festa na Times Square. Um ano destes ainda vou lá passar o ano, é claro - é uma daquelas coisas que, já que aqui estou, devo fazer - mas o que vi foi mais de um milhão de pessoas a tilintar de frio, expostas a temperaturas negativas desde as três ou quatro da tarde, sem poder sair do mesmo sítio porque as áreas com boa visibilidade são completamente vedadas com gradeamentos, sem poder ir à casa-de-banho desde essa mesma hora, sem poder fazer um brinde como deve ser porque as bebidas alcoólicas são proibidas e sem poder sequer levar comida porque mochilas, sacos e malas não passam nos checkpoints. Mas, mesmo assim, estavam todos contentes, o que parece querer demonstrar que, apesar de tudo, deve valer a pena.

Às onze e cinquenta e nove a famosa bola colorida começa a descer, dez segundos antes da meia-noite a contagem decrescente começa a ser feita nos ecrãs gigantes, à meia-noite é a loucura e, dez ou onze minutos depois, a Times Square está completamente vazia. É impressionante a velocidade com que se vai toda a gente embora depois de estar tanto tempo à espera daquele momento. Estão certamente com a bexiga a rebentar e sem sentir as extremidades do corpo, mas pronto: sempre podem dizer que passaram o ano na Times Square.