Friday, July 25, 2008

Fechado até 21 de Agosto (ou 22 - não me lembro quando é que venho de férias e não tenho paciência para me levantar e ir ver ao bilhete de avião)

Como a partir de Domingo vou estar nos Açores, deixa de fazer sentido estar aqui a contar o que se anda a passar comigo. Quem estiver interessado, que telefone.

Entretanto, quis incluir neste post aquela que será a minha playlist deste Verão. São algumas sugestões musicais que deixo aqui para que quem vier ao blogue enquanto eu estiver de férias não venha em vão.

Summer 08

Wednesday, July 23, 2008

Ponto final parágrafo

Não é o fim do blogue, estejam descansados. Enquanto eu por cá andar, vão ter de levar comigo. O título deste post vem simplesmente a propósito do facto de me ter esquecido de dizer que deixei de ir trabalhar para a Paragraph.

Não me dei bem com aquilo. O ambiente era um bocado elitista de mais para o meu gosto e comprovei algo que até já sabia: eu escrevo, mas não sou escritor. Não sei ter conversas sobre Proust ou Camus, não estou ao corrente dos últimos lançamentos literários e nem sequer leio livros com grande frequência. Não tenho, pois, cabedal mental para ombrear com escritores a sério e, por isso, a verdade é que estava num patamar completamente diferente das maioria das pessoas que por lá andavam. Não que tivesse encontrado intelectuais de barba e óculos imersos em camalhaços. Pelo contrário. Apesar de ter conhecido alguns autores com best-sellers na lista do New York Times e com livros entre o Top 10 da Amazon, era tudo muito mais cool, muito mais moderno, o que, mesmo assim, não evitou que me sentisse deslocado.

Não ajudou, deduzo agora, o facto de não falar inglês na perfeição. Se, às vezes, ainda me é difícil exprimir exactamente o que quero em conversas com pessoas normais, imaginem agora tentar entrar em diálogo com escritores que, naturalmente, por fazerem da língua a sua ferramenta de trabalho, a dominam com total mestria. Quando começava a perceber do que se estava a falar, já o assunto era outro.

Isto, é evidente, quando os assuntos me interessavam, o que não se aplica, bem entendido, àquele dia em que entrei na zona de convívio e se estava a falar da evolução do socialismo na Nova Zelândia.

Thursday, July 17, 2008

Nunca digas nunca

Hoje fui visitar a The New School, uma das universidades aqui de Nova Iorque. Desde que tirei o curso de fotografia, ando com vontade de aprender e aquilo que sempre afastei das minhas cogitações desde que acabei a licenciatura anda a tornar-se um desejo cada vez mais forte: voltar à universidade.

De todos os departamentos da The New School, o mais famoso é, sem dúvida, o Parsons Institute, um dos mais prestigiados institutos de moda e design do mundo. Apesar disso, e depois de ter ainda considerado tirar um curso de design gráfico, estou muito mais inclinado para um curso de cinema. Comecei a considerar esta hipótese quando a Jennifer me disse que o irmão de uma amiga dela tirou lá esse curso e, agora, anda a fazer videoclips para o Jay-Z. Não que eu queira especialmente fazer videoclips para o Jay-Z (embora isso fosse interessante, nem que seja pela possibilidade de vislumbrar a Beyoncé num dia que ela fosse ao set visitar o marido), mas sim porque este exemplo prova que nesta universidade se adquire conhecimentos e - talvez ainda mais importante - contactos para se conseguir fazer videoclips para o Jay-Z.

Gostei muito do que vi na minha visita à escola. Boas instalações, excelente localização, bom ambiente, calendário extensivo de eventos (entre os quais mostras de filmes de alunos e festivais de cinema) e todo um conjunto de infraestruturas de apoio que, se calhar existem em todas as universidades como deve ser, mas, como eu tirei o curso numa que não tinha nada disso, para mim é todo um mundo fascinante de oportunidades.

É claro que não estou a pensar tirar mais um curso superior. Já tenho um e, para além do mais, não tenho paciência nem tempo para isso. A ideia é, talvez, completar o film production certificate, isto é, um curso que, no fundo, é um conjunto de cadeiras tiradas ao longo de dois anos em horário pós-laboral, uma ou duas vezes por semana. O interessante é que essas cadeiras e os professores que as leccionam são exactamente os mesmos, com muito poucas excepções, do masters em cinema que a universidade também oferece. A diferença é que, para que as cadeiras contem para o masters, é preciso pagar seiscentos dólares por crédito, o que, em números redondos, dá um total de mais de quinze mil dólares. Quinze mil marrecos apenas para ter direito a um canudo no fim no curso? Não me parece...

Sunday, July 13, 2008

Pacote de estímulo

O George Bush deu-me 1200 dólares. E eu nem sequer lhe pedi nada. Não foi só a mim, é claro - não sou assim tão especial. Toda a gente que pagou impostos aqui nos Estados Unidos recebeu um cheque de 600 dólares, no caso de ser solteiro, e de 1200, no caso de ser casado. Faz parte do chamado stimulus package, uma medida para ajudar a reanimar a economia americana e evitar que ela entre em recessão.

A ideia do governo federal é dar dinheiro às pessoas para que elas o vão gastar nas lojas e, dessa forma, o reintroduzam na economia. É um conceito interessante, sem dúvida, mas não sei até que ponto vai funcionar já que, da maneira que as coisas andam por aqui, muitos americanos utilizaram esses cheques, não para comprar nada, mas sim para reduzir as dívidas dos cartões de crédito, o que acaba por não ter o efeito desejado na ecomonia. No meu caso, os 1200 dólares foram direitinhos para a Sata International já que os utilizei para comprar a minha passagem para os Açores. Pode assim dizer-se que o Bush me pagou as férias, facto que não deixa de ser curioso.

Apesar da eficácia desta medida numa escala nacional ser duvidosa, no que a mim me diz respeito, este pacote de estímulo foi uma grande ideia. Receber dinheiro caído do céu, sem mexer uma palha? Até parece mentira. Se isto não é o verdadeiro american dream, então não sei o que será. Na minha opinião, isto só peca por defeito. Se querem mesmo reanimar a economia, deviam era enviar-me um cheque destes todos os meses. Isso é que era uma reanimação como deve ser.

Monday, July 7, 2008

This is the life....

I must share this. I hope someday to see all of these places..Please click here.

Escrevo, não escrevo

Estou aqui escrevo, não escrevo este post. Por um lado, gostava de o escrever para partilhar isto com mais alguém; por outro, o seu conteúdo poderá arrepiar os mais sensíveis. Não sei... É melhor não... É. É mesmo melhor não. Está decidido: não vou escrever este post. Direi apenas que a história que queria contar envolve unhas dos pés e portas de frigorífico. Ah! E que eu estava descalço. Pronto! Não digo mais nada. É melhor não. Acho que até já disse de mais.

Saturday, July 5, 2008

Ahhhh... Oohhh...

A promessa tinha sido feito no ano passado e, portanto, este ano, não podíamos faltar ao Macy's Fireworks Spectacular, o fogo de artifício comemorativo do 4 de Julho lançado sobre o East River, entre Manhattan e Brooklyn.

Três notas:

- A organização daquilo, nomeadamente no que diz respeito à distribuição e ao controlo de fluxo de pessoas, é qualquer coisa do outro mundo. É que não andam pelas margens do East River dez mil, nem mesmo cem mil pessoas. Por aquilo que li, são à volta de três milhões. Três milhões de pessoas a querer ver a mesma coisa e nunca fui empurrado, nem apertado, nem puxado.

- Considerando que era o dia da indepência dos Estados Unidos não vi tantas bandeiras americanas como estava à espera . Um ou outro patriota mais entusiamado com um lenço azul e vermelho na cabeça, uma ou outra T-shirt com a bandeira, e pouco mais.

- Em relação ao fogo de artifício propriamente dito, é, sem dúvida, uma coisa em grande e, se eu podia pensar que já estava tudo inventado na arte do fogo de artíficio, a verdade é que vi uns truques novos, dos quais destaco foguetes luminosos que, depois de lançados, descem lentamente pelos céus porque têm pequenos pára-quedas. Aquilo é quase como marines cobertos de luzinhas de Natal a serem lançados de um helicóptero sobre o Vietname.

Friday, July 4, 2008

Help Wanted

Hi all! I know that it has been a really really (really) long time since I last posted, but I am in desperate need of some assistance. As many of you know, I am doing my masters in English as a Second language. I was accepted into my college and was only told months later that my living abroad experience didn't count toward their foreign language credits requirement. I need to take a "test" stating that I am at an intermediate level in Portuguese. Now, determining levels is very vague, which is to my advantage. But to be honest, I think that I learned more Portuguese than someone who took 9 credits of it at an American university. (9 credits = Intermediate level. 9 credits equals three semesters) Is there anyone who can help me while we are visiting the island? I need someone at a university to sign a paper declaring my Portuguese level.
Thank you so much for your help!

Thursday, July 3, 2008

O roubo - Parte 2

Aparentemente, a novela vai ter menos partes que o antecipado porque o banco já me creditou na conta o valor de todas as transacções fraudulentas. Ainda não é propriamente o capítulo final desta história já que, na carta que me enviaram, os senhores do banco dizem que isto é um «crédito provisório» enquanto eles investigam o caso, mas a prontidão com que o assunto está a ser conduzido é de salutar. Aliás, até o próprio facto de me darem um «crédito provisório» é digno de registo porque, no fundo, eles não sabem se fui mesmo roubado ou se lhes estou a dar uma grande tanga, mas partem do princípio que estou a ser honesto.

Não sei como a coisa seria tratada se tivesse acontecido em Portugal, mas a verdade é que nisto os americanos são muito bons. Há dois ou três meses atrás, por exemplo, quando estava a carregar o passe do metro, a máquina cobrou-me 50 dólares sem colocar esse valor no passe e, ao contrário da minha previsão de que nunca seria reembolsado porque não tinha pedido recibo, bastou escrever uma carta a explicar o que se tinha passado para me enviarem um novo passe com os 50 dólares.

O mesmo se aplica a trocas e devoluções de produtos. Eu sempre fui contra isso, devo dizer, sempre me senti mal a devolver algo que tivesse comprado, mas aqui é um processo tão natural que não tenho o menor problema em voltar à loja e dizer que afinal já não quero aquilo. Acho que isso faz parte da cultura americana, porque o consumismo é de tal ordem que as pessoas compram coisas que não sabem bem se gostam ou não só porque têm medo que esgote. Dessa maneira, podem levar o que compraram para casa e experimentar durante alguns dias, sempre com a certeza que têm a opção de devolver o produto sem terem de responder a nenhuma pergunta a não ser «quer a devolução em dinheiro ou crédito?».