Thursday, May 29, 2008

São às dezenas, pá. Às dezenas.

Estou um bocado boquiaberto com a quantidade de e-mails que têm chegado à SIC a pedir uma terceira temporada do «Edição Extra». Desde a exibição do último programa da segunda série, domingo passado, já são mais de sessenta as mensagens recebidas, e isso é algo que me deixa realmente satisfeito. É que uma coisa é gostar do programa, outra é dar-se ao trabalho de escrever um e-mail a pedir que ele continue Eu não teria pachorra para isso, com certeza.

Para além da quantidade, deixa-me contente também o conteúdo. Elogios rasgados, agradecimentos por horas de boa disposição, referências à atenção ao detalhe com que aquilo é feito e, acima de tudo, apelos para que uma possível terceira temporada não vá para o ar na SIC Radical, mas passe para SIC Generalista. Nunca escondemos que esse é o nosso desejo, como é evidente. Para além da maior visibilidade que isso daria ao nosso trabalho, uma mudança para a Generalista significaria também uma melhoria das contrapartidas financeiras que retiramos deste programa e, dessa forma, talvez as horas e horas de trabalho que pomos na sua criação passassem a ser remuneradas de modo mais correspondente. A Radical tem-nos tratado muito bem, mas é lógico que os orçamentos com que um canal por cabo se governa são limitados e quem aceita fazer parte da programação de um canal desses já sabe com que tem de estar disposto a trabalhar mais por gosto do que por dinheiro. Nós aceitámos essa circunstância e, se a direcção da Radical quiser continuar a contar connosco, aceitaremo-la de novo, mas o pulo para a Generalista seria a concretização de um objectico que já temos há anos. Pensamos que estamos preparados para abraçar um projecto desses, mas logo se verá o que vai acontecer.

Tudo isto para dizer o seguinte: o e-mail para enviar mensagens a pedir uma terceira temporada é edicaoextra@sic.pt

Monday, May 26, 2008

Trinta e três

Passei um dia de aniversário bem agradável. Depois do brunch (refeição tipicamente novaiorquina, parece-me, que é uma mistura de breakfast com lunch - daí brunch) num café aqui ao pé de casa, fui passear com a Jennifer para a Grenwich Village, no Lower West Side. Bem que gostava de ter ali um apartamentozinho, diga-se de passagem, apesar de pagar dois mil ou dois mil e quinhentos dólares para arrendar um estúdio do tamanho de uma arrecadação no quarto andar de um prédio sem elevador cheio de ratos e baratas, como grande parte das casas em Manhattan, ser, talvez, um preço demasiado elevado a pagar (esta imagem está, admito, um pouco hiperbolizada, mas é a maneira que encontro para aceitar pacificamente o facto de viver em Queens). Sempre em passeio, atravessámos o SoHo em direcção à East Village e sentámo-nos num bar na St. Marks Place, uma das ruas mais interessantes de Manhattan, na minha opinião, onde coabitam ateliês de piercings e tatuagens com restaurantes asiáticos, entre escolas de yoga, lojas de comic books, boutiques retro e gelatarias gourmet - bom local para people watching, portanto. Cerveja para mim, vinho para a Jennifer. Cerveja para mim, vinho para a Jennifer (foi mesmo duas vezes). Por esta altura, já era hora de jantar e eu estava com desejo de sushi. Uma amiga da Jennifer aconselhou-nos um restaurante ali perto que, por sorte, estava com cinquenta por cento de desconto nos rolos. Resumindo: sushi até fartar, mais umas entradas e bebidas por apenas trinta e dois dólares, o que é uma pechincha. O sushi em si não foi o melhor que já comi, mas não era mau e, por trinta e dois dólares, foi um grande negócio. Para sobremesa, e como estávamos no Lower East, fomos em busca do meu New York cheesecake preferido: o chocolate marble cheesecake da Veniero's. Delícia. Trouxemo-lo para casa, porque, como sempre, a pastelaria estava à cunha, e pedimos ainda para embrulhar uma outra iguaria de chocolate que eles lá tinham na vitrina. Saboreámos isso tudo, já refastelados no sofá, a ver o Politics do Ricky Gervais. Muito agradável. Muito agradável, mesmo.

Saturday, May 17, 2008

Primeiras tacadas do ano

Hoje abri a minha época de golfe. Estive no driving range a bater bolas e fiquei com bolhas nos dedos para o confirmar. Tenho mesmo mãos de mulher, pá. É uma vergonha. Tenho a pele mais delicada que a do rabo de um bebé. Vê-se logo que o trabalho manual mais duro que sou obrigado a fazer é carregar o portátil do sofá para a mesa. O problema é que isto de ter bolhas nos dedos afecta-me bastante. Elas não matam ninguém, é verdade, mas prejudicam de modo acentuado o meu desempenho na outra actividade física a que me dedico: jogar Playstation.

Thursday, May 8, 2008

Isto era para ser um post sobre fotografia, mas acabou por ser sobre inveja de que quem tem coragem para fazer aquilo que eu gostaria de fazer

E pronto: o meu curso de fotografia chegou ontem ao fim com uma exibição das melhores imagens tiradas nestas nove semanas. Aquilo estava cheio de gente, porque foram duas turmas a expor, mais os convidados e isso tudo, mas, depois do pessoal se ir embora, acabou comigo meio besunto a falar com o meu professor, também ele meio besunto, enquanto a Jennifer e uma amiga dela esperavam pacientemente e aproveitavam para trocar histórias de alunos que levam facas de cozinha para as respectivas escolas.

O meu professor vai deixar de dar aulas para passar dois ou três anos a viajar pelo mundo. Tenho mesmo muita pena dele, coitado. Que vida desagradável que deve ser passar dois anos a viajar e a tirar fotos. Também falei com uma antiga aluna dele que decidiu vender tudo o que possuía e ir seis meses para o Nepal e depois ir ensinar inglês para o Vietname. Também estou cheio de pena dela, é claro.

Bom, invejas à parte, quando tiver oportunidade, vou organizar as minhas fotos numa página toda bonitinha e colocá-las online. Quando esse projecto estiver concluído, o que só deve acontecer depois de terminada a segunda temporada do «Edição Extra», já que, antes disso, duvido que tenha tempo, darei notícias. Até lá, se quiserem, visitem este site que apresenta uma versão virtual daquele que é, talvez, o melhor álbum de fotografia da história, o «The Decisive Moment», e imaginem que, em vez do Henri Cartier-Bresson, fui eu a tirar aquelas fotos.

Tuesday, May 6, 2008

Esta semana começou à terça

Na semana passada, o trabalho correu-me lindamente. As ideias surgiram-me quase sem pensar e os textos quase que se escreveram a eles próprios. Contudo, ontem, segunda-feira, passei o dia a olhar para o ficheiro de Word em branco. Cada frase escrita, cada frase apagada. Não me saiu uma linha decente. Nem uma. Temi o pior: uma semana seca. Odeio semanas dessas. Já tive algumas, infelizmente, mas hoje acordei disposto a combater essa possibilidade. Afinal quem é que manda aqui? Eu ou o meu cérebro? Fiz um café mais forte do que o costume e liguei o computador cheio de determinação. Escolhi a banda sonora da manhã: «With Every Heartbeat» da Robyn, e «This Is For My People» da Missy Elliot e ouvi estas duas músicas em repeat durante a primeira hora de trabalho.

Resultou.