Tuesday, June 12, 2007

Classe e handicap

Uma das profissões que eu mais gostava de ter era jogador de golfe. Dos bons, é claro. Adorava. Contacto com a natureza aliado a milhões de dólares: que mais se pode pedir? Alguém para carregar os tacos? Parece que se pode ter isso, também.

Há imenso tempo que queria experimentar jogar golfe, mas a verdade é que só no fim-de-semana passado segurei num taco pela primeira vez. Não se podia esperar, portanto, uma perfomance a nível de um Tiger Woods. O homem começou jogar golfe quando tinha 2 anos, ou algo do genéro, e eu comecei aos 32, o que significa que devo estar a ganhar o meu primeiro masters lá para alturas do meu septuagésimo aniversário, o que não é mau de todo se tivermos em conta o estado da segurança social em Portugal. As reformas são uma miséria.

É claro que, para que este plano bata certo, tenho, antes de mais, de acertar na bola. Sem acertar na bola dificilmente serei grande jogador de golfe. Ora, já consigo ouvir o risos de quem nunca jogou golfe. «Que granda nabo! Nem sequer acerta na bola...», devem estar essas vozes a pensar. Mas isso não me afecta. Isso era o que eu pensava antes de experimentar. É ignorância, portanto. A verdade é só uma: acertar na bola é mesmo uma grande vitória. Batê-la mais de 20 metros então...

Mas eu consegui. Uma vez ou outra. Nunca duas de seguida, que é o meu próximo objectivo. Uma pode ser sorte; duas já é classe. E é isso que eu quero ter: classe. Quero que olhem para o meu swing e digam «Olhem para aquilo... Que classe». É isso que eu quero. É pedir muito? Não me parece.

A tarde no campo de golfe foi bastante reveladora, mas a noite no jardim do pai da Jennifer não o foi menos. O avô dela, jogador de golfe há mais de 50 anos, aceitou dar-nos umas lições e melhorar o nosso swing. Fiz não sei quantos buracos na relva - é mesmo difícil acertar na bola! Acreditem! - mas ainda tive os meus momentos de glória. Por duas vezes (não seguidas), bati a bola por cima das árvores para o outro lado da estrada. Foi bonito. E sei que o o avô da Jennifer, um veterano da Guerra da Coreia, olhou para mim com orgulho e pensou «Olhem para aquilo... Que classe».

2 comments:

Anonymous said...

EXCERTOS DO TEU POST:
...Fim de semana passado segurei num taco pela primeira vez...
...batela mais de vinte...
...mas eu consegui. Uma vez ou outra. Nunca duas de seguida...
...uma pode ser sorte, duas já é classe...
Tens a certeza que estiveste a jogar Golfe?

Um abraço

Faustinopms

Nuno said...

Bem, não sei que tipo de tacos estás tu habituado a segurar, mas, eu, estava mesmo a falar de tacos de golfe.