Saturday, May 12, 2007

Restaurate sempre a abrir

Sexta-feira fui jantar com a turma da Jennifer. Um brasileiro, um tailandês, uma suiça, uma italiana e uma data de sul-coreanas. Fomos à Koreatown, uma espécie de Chinatown em escala reduzida, onde se concentra grande parte dos restaurantes coreanos da cidade.

O restaurante estava completamente apilhado. À porta, uma fila enorme de pessoas à esperava por uma mesa. As alunas da Jennifer, espertas, tinham feito reserva e, portanto, não tivemos de esperar muito tempo - apenas o necessário para que as pessoas que estavam sentadas na mesa supostamente reservada fossem deslocadas para outro local.

A ementa, apesar de estar em coreano e inglês, para mim era chinês (cá está: um dos trocadilhos mais utilizados da língua portuguesa que, contudo, não tenho problemas em aplicar no meu texto). Foi, pois, com naturalidade que a decisão de deixar a selecção de pratos a cargo das alunas nativas depressa ganhou consistência.

Estavam lançados os dados para uma experiência gastronónimo-social vertiginosa.

Menos de cinco minutos depois do pedido, a comida começou a chegar. Primeiro uma espécie de esparguete transparente, depois qualquer coisa a fazer lembrar pizza, depois uma sopa com não sei quê, e uma salada com não sei que mais, e mais isto e mais aquilo, e ainda mais outra coisa qualquer.

Ora, de início, ainda me dei ao trabalho de perguntar como se chamavam os pratos. Queria saber o que estava a comer para que, da próxima vez que fosse a um restaurante coreano, soubesse o que pedir. No entanto, a velocidade com que as diferentes iguarias eram servidas e colocadas à frente de cada um era, mais uma vez o digo, vertiginosa. Aquilo parecia um festim supersónico e cedo percebi que era manifestamente impossível registar os já de si difíceis de memorizar nomes coreanos àquele ritmo.

Acho que nunca estive num restaurante em que as coisas se passassem tão depressa. Chegámos às oito e às nove já estávamos com a conta paga, pressionados para dar lugar a outros. Sempre a abrir porque a fila é grande. A comida era boa, mas a experiência valeu por este recorde pessoal do jantar mais rápido em restaurante e, sobretudo, pela aprendizagem de novas técnicas de comer com pauzinhos.

2 comments:

Anonymous said...

Até parece os Restaurantes de S. Miguel!!!! Pedir rapido, receber a comida rapido, comer rapido e por fim pagar rapido.
Vi o Ediçao Extra na Sexta-feira. Os meus parabéns!!!!!! Gostei muito. Os textos estao divinais, e as vozes tambem.
Os tres estao de Parabéns.
Um forte Abraço para ti e Bjkas para a Jenny
Tenho saudades Vossas!!!!

Faustinopms

Nuno said...

Obrigado pelos parabéns! Um dia destes ligo-te para falarmos um bocado.