Friday, July 27, 2007

O maravilhoso mundo do audio-livros

Descobri recentemente o maravilhoso mundo dos audio-livros e estou fã. Ter alguém a ler por nós é, parece-me, o cúmulo da preguiça, mas admito: gosto disso. É como se contratássemos uma pessoa para nos contar uma história, só a nós, ao ouvido, e essa pessoa fosse atrás de nós para todo o lado. Para o metro, para o supermercado fazer compras, a pessoa vai sempre connosco, comprimida no iPod, em formato mp3.

Já li, ou melhor ouvi, dois livros. Comecei por um clássico infantil: «Alice no País das Maravilhas». A minha leitora tinha boa entoação, mas sibilava bastante, o que se pode tornar algo incomodativo passado um bocado. Parece-me que, se um pessoa decide gravar-se a ler um livro, deve ter uma dicção perfeita. Não deve sibiliar. Nem ser daquelas pessoas que não consegue dizer os L's. Nem muito menos ser gaga porque, para além disso prejudicar o natural fluir da história, ocuparia mais espaço no iPod uma vez que o ficheiro seria obviamente maior.

A outra obra que ouvi foi um conto chamado «The Monkey's Paw» porque me lembrei que o meu amigo Henrique estava sempre a falar nisso. A história é interessante, mas este post não é uma crítica literária. No que verdadeiramente interessa, isto é, a qualidade da leitura, devo dizer que ela foi bastante satisfatória. Por duas razões. Primeiro, porque cada vez que uma personagem diferente falava, o leitor era também diferente, de maneira que, no fundo, não estamos bem na presença de um audio-livro, mas mais uma audio-peça-de-teatro. E depois porque o leitor que fazia de narrador tinha um sotaque britânico que se adequava muito bem ao texto. Acho que se deve ter isso em atenção. Se a história é para crianças, ela deve ser lida como uma mãe a ler um livro a uma criança; se é um romance, então sou da opinião que a leitora deve possuir uma voz sexy, tipo aquelas do «me liga, vai» (bom, isso talvez já seja uma fantasia minha); e por aí fora. Mas sem exageros... Isto é, se estivermos a falar, por exemplo, de um livro com uma forte componente humorística, como... vamos lá... o livro da Carolina Salgado, não é obrigatoriamente necessário chamar um palhaço para ler a obra. Pode ser, mas não é obrigatório.

2 comments:

subassus said...

isso sim, é o futuro que tanto esperei para "ler" livros... ;)

sim porque, sou grande fã da leitura.........

Nuno said...

Podes passar a ouvir um livrinho no carro me vez daquelas músicas de death-gothic-flash-melody-metal de que gostas.