Saturday, February 23, 2008

Miami - Dia 1

Ao contrário do que eu pensava, não pude aceder à internet no hotel em Miami e, por isso, não tive possibilidade de ir escrevendo à medida que as coisas iam acontecendo. Agora, que já estou de volta, o mais certo é não me lembrar de metade do que queria falar. Mesmo assim, vou tentar fazer um resumo das férias.

DIA 1
Táxi para o aeroporto. Penso que ainda bem que escolhemos apanhar o avião no La Guardia porque é mesmo aqui ao pé de casa. Voo: péssimo. Para começar, sai com cerca de uma hora de atraso. O comandante diz que o atraso é devido a uma avaria no reverse que ainda estão a resolver. Constato que, numa situação destas, prefiro que me mintam e que me digam que o problema é no ar condionado. Atrás de mim, durante as três horas de viagem, um bebé a chorar. Sacana do puto. Enquanto posso, alivio o berraceiro com o leitor de MP3. Na aproximação e aterragem obrigam-me a desligar o aparelho e dou por mim a achar mal o raio do miúdo não ser também a pilhas para que alguém o ponha em off. Chegada a Miami. Humidade. Calor. Táxi para Miami Beach. Check-in no hotel. Grande som a bombar no hall. Decoração cuidada. Parece-me bem. Somos informados que temos de pagar mais 10 dólares por dia por pessoa pelo spoil me plan, um programa não opcional que inclui uma happy hour no bar, acesso a cadeiras desdobráveis na piscina, pequeno-almoço, jornal no quarto todas as manhãs e mais uma data de coisas, a maioria delas enumeradas na lista de ofertas incluídas no pacote que comprámos. Roubalheira completa. Discussão com o recepcionista. «Têm de pagar, é obrigatório». «Isso é que era bom! Não pagamos». Meia hora depois, lá recebemos a chave do quarto depois de obrigarmos o recepcionista a assinar um papel a dizer que não aceitamos as condições do spoil me plan, ou melhor, do fuck me plan - que é como passei a chamar àquele esquema sombrio para enganar pessoas. Digo-lhe que se é para roubar, pelo menos tenham a coragem de me atacar com uma pistola. Ele ri-se. Concorda comigo, mas não é ele que manda. Pomos as malas no quarto e saimos porque já é tarde e estamos com fome. Andamos bastante até chegar a South Beach. Jantamos num restaurante na Espanola Way. Bebo duas ou três Frozen Margaritas e sinto-me já meio tonto. Digo que é da viagem de avião, para disfarçar. O sacana do puto. Fico a pensar que, apesar daquela rua fervilhar actividade, não estou no centro da acção. Não estava mesmo, mas só o haveria de comprovar na dia seguinte.

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