Sunday, November 11, 2007

Fim-de-semana em Saratoga Springs

«Aahhhhh... a vida é boa...». Era essa a única coisa que me apetecia dizer depois de sair da sauna e do banho termal que fiz num dos spas de Saratoga Springs. Nunca 45 minutos passaram tão depressa. Agora, com os pólos mais abertos do que nunca, estou na Interstate 87, a caminho de casa. Faltam cerca de 60 milhas para chegar a Queens e estou a deixar para trás um grande fim-de-semana, passado numa cidade conhecida pelas suas corridas de cavalos, mas que tem suficiente variedade de oferta para agradar a pessoas de sensibilidades menos equestres, como é o meu caso.

E a coisa até nem começou muito bem. Chegámos sexta-feira à noite, já um bocado tarde, e a dona do bed and breakfast onde ficámos instalados aconselhou-nos a ir jantar ao Wine Bar. Ainda estou para perceber porquê. Aquilo tresandava a yuppies por todos os lados e não me parece que eu tenha aspecto de yuppie. O que quer que a tenha levado a pensar que aquele restaurante seria o mais indicado para nós vai para além da minha compreensão, mas acaba por não interessar muito para o desenrolar da história porque, como disse, já era tarde e os restaurantes estavam todos a fechar, incluindo aquele. Felizmente, no outro dia de manhã, a senhora não estava por perto, porque ia ser embaraçoso quando ela perguntasse se tínhamos gostado do Wine Bar e nós tívessemos de responder que tínhamos jantado bolo de chocolate e cheesecake de maçã na pastelaria em frente.

O sábado, contudo, abriu em grande. A grande vantagem de se ficar num bed and breakfast em vez de num hotel é exactamente o breakfast. Não é cá aquelas tretas de pequeno-almoço continental tipo buffet. Detesto essas cenas. Um indivíduo ainda está meio a dormir e já lhe estão a pedir para que ande com um prato na mão à procura de comida. É estúpido. Num bed and breakfast, o pequeno-almoço é normalmente caseiro, feito na hora e servido à mesa. Há uma desvantagem, contudo: é que, como o ambiente também é caseiro, é preciso falar com pessoas e isso. E falar com pessoas logo pela manhã é capaz de ser tão puxado como andar com pratos de um lado para o outro num buffet. Mas pronto. Não se pode ter tudo e, entre um e outro, sempre prefiro as pessoas porque pelo menos não corro o risco de as deixar cair no chão e espalhar ovos e bacon pela carpete do hotel.

Durante o resto do dia, fomos passear pela cidade. Nesta altura do ano, o Outono encarrega-se de oferecer cenários pitorescos entre o amarelo e o vermelho a quem tiver disposição para os apreciar, e nós tínhamo-la. Eu sei que prometi fotos, mas estava um frio do caraças e não me apeteceu tirar as luvas.

No domingo, antes de nos virmos embora, foi então a altura para o spa. Eu nunca tinha ido a spas, confesso - se não sou yuppie, muito menos sou metrosexual -, mas, epá... foram 45 minutos de sonho. Os dedos ficaram um bocado enrugados, é verdade, mas, desta vez, não foi de lavar a loiça.

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