Monday, September 24, 2007

E.A.G.L.E.

Por esta hora, a agente literária que decidi contactar já deve ter lido a carta de apresentação que lhe enviei sexta-feira passada. É o primeiro passo daquele que promete ser o tortuoso, demorado e ambicioso processo de publicação dos meus livros nos Estados Unidos.

Aqui, ao contrário de Portugal, ter um agente literário é essencial. Indispensável, mesmo. Sem a mediação de um agente, é praticamente impossível que alguém numa editora chegue sequer a olhar para um manuscrito. Dada a importância e influência que eles têm, não admira que conseguir ser representado por um bom agente seja extremamente difícil, uma vez que, perante a infinidade de escritores que vêm para Nova Iorque tentar a sua sorte, os agentes tendem a manter a sua lista de clientes limitada a autores que lhes pareçam rentáveis. Por aquilo que tenho lido em fóruns de escritores espalhados um pouco por toda a internet, as manifestações de alegria exteriorizadas por novos autores ao verem os seus projectos aceites por um agente são tão exuberantes como se recebessem a notícia que vão ser de facto publicados. E a verdade é que, apesar de ser meio caminho andado, falta o resto: o sim de uma editora. Ter um agente não garante nada, se bem que, com todo o conhecimento que eles têm do mercado, seja um bom indicador da viabilidade do projecto.

No meu caso, esta é apenas a primeira tentativa. Uma espécie de apalpar de terreno para ver que tipo de resposta recebo, até porque se trata de uma tradução e, portanto, as regras podem ser um pouco diferentes. Logo se vê. Quando receber a resposta digo qualquer coisa.

4 comments:

crianeo said...
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crianeo said...

Maluco, é só para te dizer, caso não saibas - e sei que vais dizer que isso não tem importância nenhuma - que leio todos os teus posts. Porque gosto da tua escrita, porque me faz sentir mais perto e tenho saudades tuas, e porque não é em todos os meios de comunicação que temos uma espécie de repórter personalizado em Nova Iorque a contar-nos coisas sobre a baixa de Manhattan, a ponte de Brooklyn, o Soho, o Bush, a Big Apple e todas essas informações privilegiadas e curiosas que nem um Pedro Bicudo, nem muito menos um Luís Costa Ribas nos conseguem trazer do centro do mundo. Não deixo muitos comentários, é verdade, mas isso compreendes tu bem, dado o volume das tuas missivas no Edição Extra. Era só para saberes isso. Já agora, muita merda para o EAGLE! Um grande abraço do sócio e amigo,

Ferreira

Anonymous said...

Nuno, partilho de tudo o que disse o teu amigo Ferreira. Quase todos os dias leio os teus posts, sempre pela manhã, é já uma espécie de "vitamina" para o dia, isto porque adoro a tua escrita e farto-me de rir com as tuas histórias!!!
Beijinhos grandes Rox
Ah! É verdade, aproveito para te dar a notícia que a família Caetano vai aumentar eheheh..

Nuno said...

Parabéns, Rox!!!! Muito bem. Alguém tem de contribuir para a repopulação do planeta. Acho muito bem. Se eu tivesse pachorra para bebés, também era capaz de pensar nisso. Lol. Mas, pronto: se fossem todos como eu, a humanidade estava ameaçada. Um grande beijinho para ti, um grande abraço para o Caetano!!!

Quanto a ti, Bruno, vai trabalhar que a Criâneo precisa de facturar, pá! Deixa de ler blogues, que não é para isso que a empresa te paga!! Lol. Obrigado e abracinhos!!!