Campeonato

Já se sabe que vibrei com cada um dos sete golos de Portugal à Coreia do Norte, mas, se calhar, o golo que os Estados Unidos marcaram à Argélia foi aquele que, até agora, mais me fez saltar de alegria. E não é porque me sinta americano nem nada que se pareça. Simplesmente detesto injustiças e os erros de arbitragem contra a selecção americana têm sido clamorosos. Aquilo que lhes aconteceu no jogo com a Eslovénia foi escandaloso, ainda mais depois de estarem a perder por 2-0 e terem conseguido recuperar de modo épico, e, mesmo neste jogo com a Argélia, o árbitro anulou-lhes outro golo que parece limpo. Mas, como disse um dos jogadores no final do jogo, a escolha era ficar a lamentar mais um gravíssimo erro de arbitragem, ou continuar a dar o melhor para marcar mais um golo. Eles escolheram a segunda opção e, nisso, são um exemplo daquilo que os americanos têm de bom. Podem ter - e têm - muita coisa má, mas falta de força de vontade não têm, com certeza.

Para além disso, quero que a selecção dos Estados Unidos faça um bom campeonato para que os americano abracem de uma vez por todas o futebol. E parece-me que isso já esteve mais longe de acontecer. É capaz de ser porque estou em Nova Iorque, uma cidade eclética onde há gente de todo o mundo, mas, para além da BP, não se fala de outra de coisa que não do campeonato do mundo. Todos os cafés mostram os jogos, todos os noticiários mostram resumos e até os talk-shows fazem piadas sobre o assunto (o que é sempre bom sinal).