Tuesday, January 12, 2010

Fire!!!

Ontem, estava eu muito sossegado no meu quarto, deitado na cama a ver um filme no computador, quando, aos poucos, me começou a chegar às narinas um cheiro a queimado. O meu olfacto não é particularmente apurado, admito (nenhum dos meus sentidos o é, de resto), e, talvez por isso, tenha levado algum tempo a registar o que se estava a passar. Primeiro, julguei que fosse alguma vela que se tivesse apagado. Depois, pensei que o cheiro viesse dos vendedores de kebabs e gyros que grelham carne durante toda a noite no canto da minha rua. A certa altura, cheguei ainda e entreter a ideia de que a minha casa estava a arder, hipótese que depressa abandonei porque o detector de incêndios deste apartamento é tão sensível que não há dia em que ligue o forno e aquela bodega não comece a apitar. Como ele estava calado, não podia ser cá dentro. Tinha de ser lá fora. Olhando pela janela, reparei então nalgumas faúlhas que escoaçavam na noite escura e lá tive de me levantar para ver qual era a sua origem, não fosse o prédio ao lado estar em chamas e eu ter de fugir para longe. Mas não era bem isso. O que se estava a passar é que, mesmo debaixo da minha janela, alguém tinha posto uma árvore de Natal a arder e, agora, as labaredas já consumiam um monte de sacos do lixo que se encontravam no passeio à espera de serem recolhidos. Porque não sou dado a hipérboloes, não vou dizer que era um incêndio de grandes proporções, mas é justo que fique dito que se tratava de uma combustão bastante considerável e, acima de tudo, com um potencial catastrófico assinalável, bastando, para isso, que o tanque de gasolina do carro estacionado a escassos centímetros de distância das chamas decidisse explodir. Felizmente, ainda estava a Jennifer a ligar para o 911, que é o 115 dos americanos, quando chegaram os bombeiros e resolveram a questão em cinco minutos.

1 comment:

Unknown said...

Que cena tétrica, uma árvore de Natal a pegar fogo!!