LEGENDA: O ponto A é a minha casa. Manhattan é aquela pequena península estreita à esquerda, entre as duas margens do rio. Para a direita, é Long Island. O ponto B representa a praia onde fomos e, já agora, continuando sempre para a direita, até à ponta Este de Long Island, chega-se aos famosos Hamptons, o local onde as famílias ricas de Manhattan têm as suas casas de férias.Eu não sabia bem o que esperar, mas, mesmo assim, fosse o que fosse que eu não estava à espera, fiquei agradavelmente surpreendido. A praia é enorme, limpa, bonita, de fácil de acesso e não estava a abarrotar de gente. Olhando à volta, por momentos até me foi difícil acreditar que estava tão perto de Nova Iorque.
O sol brilhava com suficiente vigor e uma brisa ligeira mantia a temperatura a níveis aprazíveis. Estava, pois, a ser uma tarde bem passada. Até que, não muito longe no horizonte, comecei a ver umas nuvens carregadas. Depois, em menos de nada, um relâmpago. E outro. E outro.
Foi um espectáculo impressionante. Relâmpagos a rasgar o céu com uma nitidez como acho que nunca tinha visto. Os nadadores salvadores apressaram-se logo a tirar toda a gente da água e começaram o percorrer o areal montados em 4x4, quais Mitch Buchannons numa versão nova-iorquina do Baywatch, anunciando por megafone que a praia ia fechar e que toda tinha de ir para casa. A mim, pareceu-me um bocado de exagero, mas não ia discutir. Ninguém discute com o Mitch Buchannon.
Contudo, antes de agarrar nas minhas coisinhas para me ir embora, ainda tive tempo de sacar uma chapa (não se vê os relâmpagos, é óbvio, porque, para isso, era preciso uma sorte dos diabos ou então ter um tripé e filtros para fazer uma exposição longa, mas, mesmo sem relâmpagos, acho que dá para ter uma ideia do que aconteceu):